Pecuária regenerativa: o que muda quando floresta, solo e carbono entram no centro da produção?
- Equipe ESGpec
- 7 de ago.
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de ago.
Será que dá pra criar boi, gerar receita com madeira, sequestrar carbono e ainda conservar a biodiversidade? Na Fazenda Coisa Boa, no Maranhão, isso já é realidade. Este artigo é um convite para conhecer um novo jeito de fazer pecuária, onde a integração entre florestas, pastagens e tecnologias acessíveis transforma áreas degradadas em ativos ambientais e econômicos. Mas antes de falar de futuro, é preciso entender o que está em jogo.
O conteúdo foi baseado no eBook gratuito “Pecuária regenerativa e sistemas integrados no mercado de carbono – Da teoria à prática | Case Fazenda Coisa Boa”, elaborado a partir da live técnica “ILPF 75”, com Ronaldo Trecenti, Prof. Rogério Maurício (UFSJ / GASL–FAO) e Mauroni Cangussú, da Fazenda Coisa Boa.
Custos invisíveis e a nova lógica da produção pecuária
Relatórios recentes da FAO estimam que seria necessário o equivalente a 1/3 do valor das exportações agropecuárias globais apenas para compensar os custos ocultos da produção de alimentos, como degradação do solo, perda de biodiversidade, poluição da água e emissões de gases de efeito estufa.
Neste cenário, a pecuária regenerativa surge como uma resposta urgente e possível: mais rentável, mais resiliente e alinhada às metas climáticas.
Sistemas integrados: plantar, criar e conservar ao mesmo tempo
Ao integrar árvores, pasto e culturas agrícolas, o produtor pode diversificar sua renda, aumentar a resiliência do sistema e contribuir para o equilíbrio ambiental.
Espécies como teca, paricá, gliricídia e eucalipto são utilizadas não apenas como fonte de madeira, mas também para regenerar o solo, favorecer a biodiversidade, fornecer sombra ao gado e capturar carbono da atmosfera.
Carbono: de vilão a ativo financeiro
Com apoio técnico e uso de tecnologias como aplicativos de georreferenciamento, os produtores podem medir o carbono sequestrado pelas árvores e gerar créditos para o mercado voluntário — em muitos casos, com pagamentos diretos, sem intermediários.
Essa monetização do carbono já representa até 30% do valor de projetos regenerativos como o da Coisa Boa.
Tecnologia que cabe no campo (e no bolso)
Aplicativos como o Work ETR permitem registrar imagens, datas e localizações do plantio, tornando possível construir um histórico auditável da propriedade. Isso garante rastreabilidade, facilita certificações e aumenta o valor ambiental da produção, mesmo em propriedades de médio porte.
Uma fazenda exemplo: Coisa Boa por nome, regenerativa por essência
A experiência da Fazenda Coisa Boa, que implantou 193 hectares de sistema silvipastoril com árvores e pastagens intercaladas está relatada em detalhes no eBook “Pecuária regenerativa e sistemas integrados no mercado de carbono - Da teoria à prática case Fazenda Coisa Boa”.
Com apoio da startup WorkingTrees, o projeto já gerou cerca de R$ 500 mil em receita de carbono na primeira etapa, sem abrir mão da pecuária. Resultado: aumento da produtividade, valorização da madeira, retorno financeiro com carbono e conservação ambiental integrada à cultura da fazenda.
Por que ler o eBook completo?
Porque ele vai além da teoria. Apresenta dados, mapas, metodologias e decisões reais de quem está na linha de frente da transição para uma pecuária regenerativa. É conteúdo técnico, mas acessível. Científico, mas prático. E, sobretudo, inspirador.
📥 Baixe gratuitamente o eBook “Pecuária regenerativa e sistemas integrados no mercado de carbono: da teoria à prática” e descubra como florestas e pastagens podem caminhar juntas rumo a um futuro mais produtivo e sustentável. 👉 Acesse: https://www.esgpec.com.br/ebook-pecuaria-regenerativa | ![]() |